O que se sabe até agora sobre o atirador do atentado contra Trump: recentemente, o nome de Thomas Matthew Crooks ganhou destaque após seu envolvimento em uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump. Aos 20 anos, Crooks era descrito como um jovem quieto e reservado, mas as circunstâncias que o levaram a cometer um ato tão violento ainda são um mistério para amigos, familiares e investigadores.
Um jovem com interesses políticos incertos
Em novembro, Crooks estava prestes a participar de sua primeira eleição presidencial. Embora ele tenha demonstrado algum interesse político, registrando-se como eleitor republicano e fazendo uma pequena doação para um grupo democrata, seus reais motivos permanecem obscuros. Amigos de infância e colegas de classe o descreveram como um garoto “não obviamente político ou violento”. Essa dualidade nas suas inclinações políticas levanta questões sobre o que realmente o motivou a agir de forma tão extrema.
Um ato de violência que chocou o país
O atentado aconteceu durante um comício de Trump em Pittsburgh, onde Crooks subiu em um telhado e disparou contra o ex-presidente. O ataque resultou na morte de um espectador e feriu gravemente outras duas pessoas. As reações foram imediatas, com autoridades de todos os espectros políticos condenando a violência e alertando para os perigos da polarização que permeia a sociedade americana.
Retratos de um adolescente isolado
A vida escolar de Crooks não foi fácil. Ele foi alvo de bullying e frequentemente se sentiu deslocado. Jason Kohler, um ex-colega de escola, afirmou que Crooks não tinha “nenhuma expressão facial” e não se encaixava em grupos sociais. Sarah D’Angelo, outra colega, recordou que a única interação significativa que teve com ele foi antes da cerimônia de formatura. Crooks, segundo seus colegas, era inteligente, mas muito tímido, frequentemente associado a um grupo de amigos conservadores.
A pandemia de COVID-19 também impactou sua experiência escolar. Com o ensino remoto, muitos alunos perderam a conexão social, e Crooks não foi exceção. Uma colega se lembrou de que ficou surpresa ao saber de sua ação, considerando sua natureza reservada.
A arma do crime e sua origem
O rifle utilizado por Crooks foi um modelo estilo AR, que, segundo investigações, pertence ao seu pai. Este detalhe foi crucial para identificar o atirador, uma vez que Crooks não portava identificação no momento do ataque. O pai de Crooks, Matthew, expressou sua confusão sobre os eventos, afirmando que estava tentando entender a situação antes de se pronunciar publicamente.
Uma vida marcada pela dualidade
Crooks trabalhava em um centro de reabilitação, onde era conhecido como um funcionário atencioso e gentil. Marcie Grimm, a administradora do local, manifestou surpresa ao descobrir seu envolvimento no crime, destacando que ele sempre se comportou de maneira exemplar no trabalho.
Seu histórico político é igualmente contraditório. Apesar de sua doação a um grupo progressista, Crooks se registrou como republicano logo após completar 18 anos. Essa dualidade em suas crenças políticas levanta questões sobre a influência de sua formação familiar, já que seu pai é registrado como libertário e sua mãe como democrata.